De uma janela vem o som de um remix de discoteca; de outra, um fado suave. Ao longe o trânsito dá forma às curvas da grande ponte; do outro lado, ainda bem bem mais ao longe, o Cristo Rei, daqui bem pequenino. Aviões chegam, e mais aviões partem... De um lado o céu já escuro, do outro ainda o laranja do pôr-do-sol. E as luzes da cidade cintilam em pequenos pontos, também laranja. Na outra margem, mais luzes iluminam o Tejo, deixando perceber os seus contornos. E apesar do vento gelado, uma pausa para ver e apreciar nunca é de mais...
É "de fora" que se "percebe" a cidade... De fora dela, como da minha janela, ou de fora das correrias apressadas do dia-a-dia que se lá vivem... PARAR, escutar, respirar, observar... Só assim Lisboa se torna bela.