15 dezembro 2012

3 anos depois...

Três anos depois disto, leio novamente as palavras que na altura escrevi.
Três anos depois, sinto que ultrapassei completamente esta fase da minha vida... No entanto, nunca esquecerei. Foi duro. Foi difícil.
Não foi só este "acontecimento". Juntando vários factores, foi mesmo bastante complicado. Já não me reconhecia a mim mesma. Estava triste, estava perdida, estava deprimida. Queria reencontrar a minha alegria, mas não sabia como. Por momentos, tudo me parecia desastroso e perdido. Parecia que o mundo me tinha voltado as costas e não cooperaria mais comigo. A verdade, é que antes de me ver nesta situação, nunca pensei que ela pudesse vir a acontecer. Não desta forma, não a mim. E quando me vi nesta situação, foi ainda mais desastroso o não conseguir pura e simplesmente "não ficar assim".
Talvez tenha sido a pior altura da minha vida... Felizmente, passou. Não foi simples, nem fácil, nem repentino, mas passou. A minha mudança de atitude e de expectativas perante as coisas fez com que conseguisse ultrapassar esta fase. Mas, por vezes, ainda tenho medo. De perder a força, a alegria. De voltar a ver-me numa situação com a qual não sei lidar, de voltar a estar de um modo que nada tem a ver com a minha maneira de pensar quanto ao modo como devemos estar na vida. Mais do que algo externo, foi uma luta interna. Às vezes, ainda continua a ser. Às vezes ainda sou fraca e me deixo levar pela mesma onda que me colocou nesta situação. Mas não me deixarei chegar à mesma situação. Nem sequer começar a reagir como nessa altura. É um compromisso que faço comigo própria.
Três anos volvidos, esta é uma nova fase.
Foi há três anos atrás que comecei a sentir maior necessidade de expressar às pessoas o quanto gosto delas. Que comecei a sentir falta de um abraço apertado. Que comecei a dar tanto valor e a sentir tanta falta de bons momentos, de cada pequeno momento único e especial. Foi há três anos atrás, que me apercebi como verdadeiramente são tão importantes aqueles que realmente amamos, mesmo que não os vejamos ou falemos com eles há meses ou anos, e independentemente dos disparates que fizeram ou não na sua vida.
Continuo a sentir a verdadeira importância de tudo isto.

É por isso, que agora repito:

"Aproveitem bem todos os momentos da vida... Dêem valor até às coisas mais simples... Até ao momentos menos bons. Porque a vida é curta demais para a passarmos à espera que chegue o próximo momento bom...
Riam, chorem, pulem, caiam, sorriam, abracem... Não tenham vergonha, não se queiram arrepender do que não fizeram, do que deixaram por fazer... Amanhã... Não esperem por amanhã... Dêem tudo hoje... Dêem tudo de quanto melhor têm em cada dia... Porque um segundo depois, pode já ser tarde de mais."


Como disse António Feio, "Não deixem nada por fazer, nem nada por dizer".

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